segunda-feira, 5 de abril de 2010

Biogenética e Psicologia



Relato neste texto aspectos importante da Biogenética Humana, da Biotecnologia, da Bioética, da Psicologia e a importância do conhecimento interdisciplinar. Intensificando o valor da união de conhecimentos, do agregar ciências, para que o resultado de diagnósticos e tratamentos possa ter mais possibilidades de assertividade.
A luz do conhecimento foi acesa, agora cabe a nós saber manipular ou manusear esta luz, que com certeza terá maior brilho e intensidade (resultado e soluções) se interligarmos todas as lamparinas (conhecimentos).
A intensidade com que tudo se modifica, se renova ou se é descoberto, lança novos desafios na área da Psicologia e da Biogenética. Nem tudo tem resposta em um só lugar, em uma só ciência. Afinal, o ser vivo é complexo, multifacetado e adaptável, como seriam possíveis definições ou conhecimentos unilaterais?

BASE DA PESQUISA
Está na ordem do dia falar em Biogenética, Biotecnologia e Bioética. Com uma freqüência incrível estas palavras estão na mídia, anunciando novas e sensacionais descobertas no campo da genética e da medicina em geral. Acontece que nem sempre são colocados os pressupostos para uma adequada compreensão e um adequado posicionamento diante do que está ocorrendo. Por isto mesmo o primeiro passo é tentar compreender melhor certas palavras chave, como é o caso da biotecnologia, da biogenética e da bioética.

Quando se fala de “bios”, sempre se está falando de “vida”. E quando se fala de “vida” sempre se pensa em “processo” e “movimento”. Devemos distinguir várias etapas tanto do conhecer, quanto na capacidade de interferir sobre aquilo que se conhece.
Em períodos mais primitivos isto acontecia mais através de mitos e ritos e hoje passou a acontecer através das ciências e das técnicas. Chegamos ao período atual, quando Biotecnologia e Biogenética conjugadas acumularam um acervo de saber e de poder nunca imaginados.

Como se percebe, a Biogenética aponta mais para os conhecimentos; a Biotecnologia, mais para a capacidade de interferência. O fato é que atuando juntas estão provocando a maior revolução da história da humanidade. Concretamente isto significa que até mais ou menos os inícios do século XX pouco se sabia sobre os “genes”, e, conseqüentemente pouco se sabia sobre Genética. Por isto mesmo, pouco se poderia interferir nestes mecanismos mais profundos da vida.

Para uma melhor compreensão do que está ocorrendo convém partir da observação do nosso próprio corpo: ele é constituído por tecidos e órgãos. Acontece que estes tecidos e órgãos são constituídos por 100 trilhões de células. Cada célula dispõe de um núcleo onde se encontram “ cromossomos”. Estes cromossomos ( 23 pares) carregam consigo “genes” (cerca de 20 mil na espécie humana), que, por sua vez, detêm as “informações” necessárias para a manutenção e reprodução da vida. Hoje não apenas se conhecem muitos segredos da vida, mas, justamente através de uma sofisticada tecnologia voltada para a vida, se é capaz de interferir profundamente sobre este material genético. É por isto que se fala em “ manipulação” genética. Enquanto no passado mais se observava, e mais se agia de “fora” para dentro, hoje se age de “dentro” para fora, e de uma maneira muito mais profunda.
Quando falamos de Biotecnologia e Biogenética, não podemos deixar de citar a Bioética: Uma ciência nova. Surgiu no contexto dos avanços da Biogenética e da Biotecnologia, com a preocupação de evitar a possível desumanização dos procedimentos oriundos dos laboratórios. Mais exatamente, a Bioética surgiu em 1970 com um livro do americano V. Potter, “Bioética: uma ponte para o futuro”, com a preocupação de mediar o diálogo entre ciências biomédicas e ética.

Aos poucos a Bioética foi ganhando espaço, numerosas publicações, congressos e seminários transformaram a Bioética numa força significativa seja em termos intelectuais, seja em termos de peso sobre as decisões face aos novos problemas levantados pela biotecnologia.

Hoje quem não entende de Bioética encontra-se um pouco à margem das grandes discussões sobre os mistérios da vida. Comissões de Bioética atuam em todas as frentes, o que não significa que sempre o façam do mesmo modo e com os mesmos pressupostos. De fato, não só há várias correntes de Bioética, como também em nome da Bioética se pode estar assumindo posições que não se incorporam nem com o Evangelho, nem com a dignidade humana. Mas, em linha de princípio, a força da Bioética se transformou numa esperança de que nem tudo está perdido. ” {2}
E a Psicologia, o que é? Onde e como atua?
“ A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo), tudo o que um organismo faz e as experiências subjetivas inferidas através do comportamento. O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal(etologia) é utilizado também para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada(quando o homem não pode ser estudado). Paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitido culturalmente que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam.
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde. ” {3}

CONCLUSÃO
Os desafios estão por toda parte e não poderia ser diferente no campo da psicologia.
Com o avanço do conhecimento sobre o processo e o movimento da vida, os psicólogos são chamados a interagir neste vasto ambiente de grandes descobertas. A explosão da biogenética (GENES) implica diretamente em aplicações práticas da medicina e da psicologia.
O psicólogo é convocado a se inteirar dos processos relacionados a biogenética e a biotecnologia, principalmente porque seu papel envolve ajudar as pessoas a entender sua condição genética assim como se utilizar de intervenções preventivas ou de reabilitação adequadamente.
A influência de um psicólogo é de fundamental importância para que se possa superar frustrações, dificuldades, medos ou inseguranças relacionados aos quadros clínicos.
As condições do paciente, seu estado emocional, suas prevenções e tratamento têm efeitos diretos em seus familiares, amigos e ou pessoas mais próximas. O psicólogo é chamado a acompanhar esses processos e terá que ter habilidades e conhecimentos especializados para poder interpretar os resultados da avaliação genética e suas implicações, somente possuindo um claro entendimento é que terá a real condição de intervir adequadamente.
A responsabilidade é grande e requer capacidade e conhecimento para ajudar as pessoas com estes casos a terem uma qualidade de vida melhor. È mais uma obrigação do novo tipo de psicólogo que surgi junto ao avanço da biogenética, a atualização deste profissional nos processos científicos torna-se necessária e inevitável.
Deixo claro que ninguém pode se furtar ao fascínio das extraordinárias descobertas no campo da biogenética, muito menos o psicólogo. Ao mesmo tempo digo que neste, como em outros campos, devemos sempre manter nossa curiosidade aguçada e nosso senso crítico apurado. É muito importante não só ler pausadamente ou estudar sobre o assunto mas confrontar as descobertas com outros dados de outras ciências. Em outras palavras: não vem ao caso desfazer das pesquisas e descobertas mais recentes no campo da biogenética, mas simplesmente lembrar que só se pode pensar em realização humana quando se têm presentes as múltiplas dimensões da vida pessoal e social., e este também é um outro papel do psicólogo.


Autora: Andrea Hadad

2 comentários:

Anônimo disse...

Valeu! Realmente este assunto é modismo e falam sem deter conhecimento. Seu texto me ajudou muito, valeu mesmo.

Pedro Neto

Anônimo disse...

INTERESSANTISSIMO E ESCRITO DE FORMA SIMPLES DE FACIL COMPREENSÃO
COM PALAVRAS QUE ENTENDI APESAR DE SER LONGO.

JULIANE