segunda-feira, 5 de abril de 2010

Distimia


Hoje, com a democratização da informação, o acesso a vários fármacos e a cultura da auto-medicação, cada vez mais, são encontrados “pacientes” com o seu respectivo diagnóstico, que eu chamaria de auto-diagnóstico.
Outro aspecto a considerar nesta nossa nova cultura é a eletização e valorização exagerada de certas patologias: hoje é “chique” ser depressivo e ter aversões(multidões, fenômenos naturais etc.).
Chama-me atenção, o outro lado da moeda, quando um distúrbio é confundido com o “velho modo de ser” ou simplesmente MAU HUMOR.Isto acontece quando se apresenta uma variação de depressão chamada Distimia, por muitos anos não considerada uma neuropatia.
Por seu difícil diagnostico preliminar, por haver poucos agentes químicos envolvidos, a Distimia merece uma atenção especial ,por seu fator sócio-cultural,( o portador é um agente negativo na sociedade) e hoje é tratada com antidepressivos e psicoterapia.
O seu aparecimento pode dar-se em qualquer idade, sendo na infância um fator de inquietação e choro recorrente com declínio da aprendizagem.
Mais uma vez, a ciência é confrontada com o cotidiano e como pesquisador resta-nos ficar atentos para o verdadeiro diagnostico : Mau Humor ou Distimia.
Como considerações vale lembrar: a origem do nome da neuropatia;o radical grego dys significa defeituoso,anormal ou irregular - thymia refere-se ao Timo, um órgão linfático situado na cavidade torácica que se acreditava ser responsável pelo humor;os sintomas quais sejam : baixa auto-estima,inquietação,desconforto, comportamento anti-social apesar de exercer suas atividades com aparente normalidade ; tratamento com anti-depressivos e psicoterapia.Quanto às causas se enumera o estresse, grandes perdas, traumas seguidos de imobilização, diabetes e fatores hereditários.

Referências
WWW.scielo.br
WWW.psicmed.com.br/distimia
WWW.abcdsaude.com.br
Caderno VIVA – Diário do Nordeste 28/02/2010


Autora: Lucione Leão

1 comentários:

Anônimo disse...

É interessante neste texto, que nos abre os olhos para uma patologia que muitas vezes é ignorada pela sociedade por falta de conhecimento, o que pode agravar ainda mais a situação da pessoa distímica. O difícil diagnóstico, ao meu ver, é o maior obstáculo para o tratamento, porém, depois de descoberta a causa do “mau-humor”, com a ajuda de remédios e tratamento psicoterápico o paciente pode mudar seus hábitos.


Myrella de Castro
Psicologia - manhã (1o semestre)