segunda-feira, 5 de abril de 2010

Biogenética e Psicologia


Estão se abrindo cada vez mais novas portas para quem quiser seguir a carreira como psicólogo, novos desafios no campo da atuação do psicólogo estão surgindo continuamente na medida em que as grandes descobertas têm lugar nas áreas biomédicas. Pode-se constatar que, nos últimos anos, tem havido um enorme aumento na Genética Humana, principalmente pelo florescimento do Projeto Genoma Humano. São muitas as notícias sobre identificações de genes produtores de doenças, inclusive as de caráter degenerativo.
O genoma humano é o conjunto das informações contidas no
DNA das células humanas e que, em última análise, controla o funcionamento de todas as células, e controla o funcionamento de todo o corpo humano. Ele contém informações hereditárias, ou seja, na reprodução, material genético é transmitido de uma geração para a outra, e cada novo ser é formado por um novo genoma, resultado da combinação de uma parte do genoma materno com uma parte do genoma paterno.
O psicólogo então entra nesse ramo junto à medicina, é chamado para integrar-se nesses progressos, em especial no sentido de ajudar as pessoas a identificarem suas condições genéticas e utilizarem-se das intervenções preventivas e de reabilitações aplicáveis. Quando um grave quadro clínico é detectado como de natureza genética e com alta probabilidade de repetição, prevêem-se alterações emocionais não somente na pessoa afetada como no seu núcleo familiar. O psicólogo terá importante papel em tais circunstâncias no sentido de conduzir, o paciente e a família, a superarem as frustrações resultantes da síndrome.
As metas da revolução genética poderão ser plenamente atingidas quando a compreensão do risco referente permitir obter conhecimento das melhoras na saúde do ser humano. Da que há alguns anos a intervenção psicológica será fundamental para acompanhar tanto a família afetada a ter vias de superação, quanto o próprio membro afetado.
A psicologia vai entra nesse campo e provavelmente vai fazer muito sucesso. Á Psicologia e os profissionais desse campo são chamados a acompanhar esses progressos mediante conhecimento especializado para poderem interpretar os resultados da avaliação genética e suas implicações, assim como possuírem claro entendimento dos princípios e normas éticas relacionados com a privacidade pertinente. Devem também conhecer quando e como sugerir o aconselhamento genético aos pacientes, como explicar-lhes em que consiste e como ajudá-los a compreender as informações hereditárias que lhes são transmitidas e suas conseqüências.
Pode-se afirmar, portanto, que os psicólogos têm muito a oferecer nas suas funções destinadas à pesquisa, ao ensino, ao psicodiagnóstico e à psicoterapia em uma sociedade influenciada pela revolução genética. Eles irão utilizar suas capacidades e seus conhecimentos para ajudar as pessoas a identificarem e superarem os transtornos emocionais derivados dos riscos genéticos e para alcançarem vida saudável e produtiva. Para tal finalidade, é necessário que estejam atualizados no campo da genética e de seus avanços, assim como de seus desdobramentos, sobretudo dos riscos que podem ocasionar o aparecimento dos quadros clínicos de natureza hereditária.
Eu como estudante de psicologia, vejo o assunto de dois modos diferentes, vejo em um lado positivo e um negativo. O positivo é que de certa forma a psicologia vai estar ai lado a lado da medicina, o que é um ótimo passo para o crescimento do campo psicológico. E o lado negativo é
que deve e é muito difícil para qualquer pessoa que seja, sendo formado em psicologia ou não, viver e presenciar famílias com os portadores de certas deficiências, e o mais difícil, ter a responsabilidade de falar com a família e avisar da síndrome existente. Mas os psicólogos são capazes!

Autora: Juliana Correa

4 comentários:

Anônimo disse...

Esse assunto é de fato muito delicado.
Sem dúvida, o genoma humano é um grande avanço na ciência, sendo usado de maneira ética, traria a prevenção e solução de muitos problemas, mas o que me preocupa é justamente essa ética. Nem vou entrar no âmbito religioso e questionar se estamos interferindo na natureza humana e que isso só caberia a deus, pois creio que esse questionamento já foi superado, senão não haveriam nem cirurgias.
Aí vão algumas preocupações minhas:
*Supostamente, não deveríamos ter acesso a certas informações logo quando a criança nascesse, pois o choque de algumas dessas informações poderiam interferir no equilíbrio emocional dos pais e, consequentemente, isso afetaria a criança.
* Quem seria o detentor dessas informações primeiramente?
* Quem seria o responsável a passar essas informações? Será que a medicina, de fato, deixaria esse "poder" nas mãos dos psicólogos?
* Como seria feito o controle dessas informações, para que as mesmas não "vazassem"?
* Diante da nossa típica corrupção brasileira, onde com uma quantia boa de dinheiro ou poder é provável conseguir quase tudo, seria mesmo possível manter um sigilo? Nesse ponto a preocupação é em relação a grandes empresas terem acesso ao código genético de um candidato a uma vaga, que poderia ser descartado seja pela probabilidade de uma doença física séria ou tendência a problemas psicológicos.
* E se os líderes do país fossem extremamente autoritários, será que os cientistas teriam poder suficiente contra as forças políticas?

Espero que a utilização do genoma humano, como promete, seja tratada com a seriedade necessária e que venha a trazer, de fato, benefícios.

Erika Maracaba

Anônimo disse...

Com o conhecimento do Genoma Humano, o psicólogo vai ser de grande importancia ao lado das pessoas portadoras de doenças graves, hereditárias e/ou genéticas. A revelação de tais doenças ao indivíduo poderá levá-lo a um desequilíbrio emocional, causando depressão, por saber o fim que lhe espera e que nem sempre os médicos vão poder prevenir as novas doenças, isto porque os genes sofrem mutações, as que são responsáveis por alguns males incuráveis, transmissíveis geneticamente. Muitas vezes o paciente pode estar convicto de não alterações genéticas e certos genes sofrem mutações e causam-lhe certas doenças. O psicólogo deverá estar bem preparado e não se antepor ao médico na comunicação ao paciente, informando que ele poderá ser portador de alguma doença.
Não acredito nesta ideia anti-ética do homem através do Genoma venha prever tudo que irá se formar no organismo das pessoas, pois isto interferiria, de uma forma nem sempre positiva, na vida das pessoas.

Lecilda de Souza Silva

Phabyane disse...

Eu vejo a Biogenética como um campo que surge com os avanços da Medicina e que pode (e deve) ser explorado pela Psicologia. Acredito que o projeto Genoma Humano, apesar de todas as controvérsias, seria benéfico. Mesmo com os riscos de, por exemplo, essas informações genéticas pessoais serem utilizadas por empresas na escolha de candidatos, o lado positivo - o de prever e poder prevenir doenças genéticas/hereditárias - prevalece.
Quanto à questão da dificuldade que seria enfrentada pelos psicólogos com a responsabilidade de avisar aos pacientes sobre as doenças genéticas, penso que já é enfrentada pelos psicólogos hospitalares, por exemplo. Portanto, não deve ser vista como um obstáculo a inserção da Psicologia no campo da Biogenética.

Phabyane França

Unknown disse...

Márcio muito bom seu blog.!!!
Gostei mesmo..a leitura muito boa e bem acessivel.

Bjs