sexta-feira, 2 de abril de 2010

Apalpando o impalpável


Eu quero uma foto da minha alma.

Eu quero um autógrafo de quem objetivar a ciência da subjetividade.

Eu quero uma representação gráfica neurológica minha de quando eu descobri que meu pai não era um herói, mas um crápula.

Chega de metáfora! Eu quero apalpar o impalpável.

Querido Freud, justifique-se!

Chame um neurocientista e desate os nós, a tua ciência é filha da dele.

Escute meus neurônios, Dr. Freud...

Vamos acabar com o mistério. Por que o cérebro pode ter segredos e o estômago não?

Por quê que a mente mente?

Cara Neurociência, controle sua filha, ela não justifica o que diz.

Esse texto foi baseado numa resenha do livro de Mark Solms: “O que é a neuro-psicanálise: a real e difícil articulação entre a neurociência e a psicanálise”.

O livro expõe as dificuldades do diálogo entre as duas ciências, questionando a compatibilidade epistemológica delas e seus métodos.

Solms atenta para a hierarquização estabelecida (a neurociência vindo justificar a psicanálise), tornando o problema ético e temendo um possível risco de reducionismo da psicanálise.

Autora: Erika Maracaba

2 comentários:

Anônimo disse...

APALPANDO O IMPALPAVEL

O texto relata um novo método cientifico a neuro-psicanálise onde ele faz um debate da neurociência e da psicanálise, ele diz que a psicanálise é filha da neurociência. E com base nele podemos ver que a psicanálise surgiu para complementar a neurociência. Foi Freud que criou a psicanálise e em certos pontos do texto percebi, que eram feitas perguntas a ele, onde não conseguimos encontrar a resposta, será que a psicanálise realmente completa a neurociência?


Sabrine Guimarães
1° semestre- Psicologia

Anônimo disse...

Parabéns pelo texto, Erika! Ele consegue estabelecer um diálogo (conflituoso, por certo) entre a ciência do inconsciente (inconsistente, impalpável), a conhecida psicanálise e o "saber das tomografias cerebrais" (do empirismo neurológico dos nossos dias).

Por mais sofisticados que sejam nossos aparatos tecnológicos e a ciência decida cada vez mais pelos caminhos da “fotografia do pensamento” (será que daqui a alguns anos teremos um revista Pensamentos semelhante à Caras, só que no lugar das celebridades clicadas teremos fotos do pensamento de renomados cientistas?) acredito que ela (a ciência) jamais vai explicar coisas como o amor de uma mãe e o perdão do pai ao assasino de sua filha.

Neto Alves (1º semestre)