Motivação

Você consegue imaginar um homem que casou por dinheiro feliz? Não (com a esposa). O champanhe com morangos e a piscina até irão distraí-lo por alguns meses, trazendo a falsa sensação de que gosta da mulher. Na verdade, está seduzido com tudo o que lhe foi proporcionado. É como comprar um notebook. Primeiro dia, você quase chama a turma para ver o novo membro da família; semana seguinte, ainda está contente; no final do mês, você nem sabe por que se sacrificou tanto para comprá-lo. Dá meia-noite, o encanto acaba e seu computador vira abóbora. É fugaz.

Agora pense numa adolescente recém-formada que optou por Medicina porque a mãe, a avó e até tia Valentina, aquela sobrevivente do dilúvio, eram todas desta área e lhes deixaram uma clínica maravilhosa. Não parece tentador?

Situações diferentes, motivações iguais: segurança financeira. Medo! De condições futuras difíceis, não se enquadrar socialmente, ser mal paga. Disso resultam casamentos desgastados, profissionais nada realizados, adolescentes frustrados.

Mas nossa história não tem de ser trágica assim. Podemos ter dias, trabalhos e relacionamentos fantásticos! Basta fazermos tudo com amor.

Por que a comida da vovó é tão gostosa? Que ingrediente raro usa, que não se encontra em nenhum supermercado, tampouco é vendido?

O comercial do Master Card (cobrarei pela propaganda!) fala de algo sem preço. O quê?

Essa atitude trará a felicidade duradoura, a motivação necessária ao bom desempenho, paz, harmonia. Além de reconhecimento, por termos feito um trabalho excepcional.

(Introdução - Thaís Hyppolito)


MOTIVAÇÃO? PRESENTE!

“Encontra algo que gostes de fazer e não trabalharás um único dia da tua vida.” (Confúcio)



Alguma vez, quando você leu a palavra ‘motivação’, veio outra na cabeça? Como, por exemplo, ‘motivo’? E se perguntou se teria alguma ligação? Olha só! Tem lógica, sim.

Vamos pensar. Que motivos te fizeram escolher essa profissão? Esses passatempos? Os objetos no seu quarto? E, por que esses livros? Simples: todos te motivam. Dão prazer.

“Encontra algo que gostes de fazer e não trabalharás um único dia da tua vida.” Todas as criaturas humanas já ouviram essa frase, mesmo que dita diferente. Confúcio* espertinho! Porque faz todo sentido.

Eu sei que parece algo, digamos, fictício nos nossos dias, já que a grande maioria está algemada em algum emprego terrível por questões de sobrevivência, rezando pela chance magnífica de ser chamada para qualquer outro cargo – porque até como coveiro seria melhor. É, nesse caso, não se experimenta nenhuma sensação boa de realização.

Você iria ao shopping com a mesma disposição para [Runf!] lavar panelas? Uma criança acorda cedo com aquele sorriso de quem vai jogar Playstation? Não e não. Atividades chatas não terão 1g da sua motivação, já as legais...

(Motivação - Thaís Hyppolito)


AMOR/PRAZER OU MEDO?



Ano passado, fiquei encantada com um comercial. Dizia mais ou menos assim: “Enquanto todo mundo vai aonde a maioria vai, nós vamos onde é mais legal. Enquanto todo mundo quer o que é modinha, nós queremos o que dá vontade!”. Só eu achei incrível?

O slogan faz uma menção ao comportamento Maria-vai-com-as-outras em confronto com as personalidades autênticas.

Ok. Esqueça. Tente agora trazer isso para fora da telinha.

Faltam três semanas para o carnaval e você torce o nariz só em ler ‘folia’ na revista. Isso porque está sozinha no quarto. Na frente da turma seu sorriso cuidadosamente ensaiado iria de ponta a ponta. Alô-ô! É a festa da carne! Só um maníaco bipolar depressivo careta não iria querer dar voltas atrás do trio elétrico com quatro mil pessoas no sol escaldante do meio-dia.

Ninguém pode saber, mas o seu sonho mesmo era ficar na casa da fulaninha, assistindo Dr. House naquele quarto onde a TV ocupa uma parede inteira. Luz ambiente, gelo, Coca e tanta tranquilidade que o mundo parece ter acabado e só restou você.

O problema não é o carnaval, mas seu medo de frustrar as expectativas dos amigos, da sociedade, do mundo. Noutras palavras, ir forçada. Por você.

Essa angústia não aparece apenas com festas. Roupas, comportamentos, gostos, enfim; muitas preferências suas às vezes são sufocadas. Aquelas que talvez incomodem uma geração inteira, mas certamente te tornam singular. E, nasce o conflito entre quem você realmente quer ser e o que acha que precisa ser.

Portanto, a nossa motivação é crucial. Se ela possui uma raiz negativa - como o medo -, seja lá o que estivermos fazendo ou sendo, isso não nos trará felicidade.

(Motivação – Amor ou Medo? – Thaís Hyppolito)

AUTOMOTIVAÇÃO



Todo homem sabe que terá duas provas de fogo na vida: conquistar a ______________ e manter a coisa acesa. (Vocês também, meninas!) É a dica de ouro para todos, todos os relacionamentos.

As empresas sabem tanto disso, que estão preocupadas não apenas em tornar seus funcionários motivados, como ajudá-los a permanecer assim.

“Bergamini (1997) descreve o início do processo motivacional nas empresas antes da Revolução Industrial. Na época, a principal maneira de motivar consistia no uso de punições, criando um ambiente de medo. Tais punições não eram unicamente de natureza psicológica, podiam aparecer sob a forma de restrições financeiras, chegando até a se tornar reais sob a forma de prejuízos físicos.”. Credo!

Bom, trazendo a citação para as relações interpessoais: se é difícil ganhar a mulherada com flores e bombons, imagine com beliscões. Em qualquer situação, essa é uma guinada nada eficiente, já que se baseia em ameaças, não em apreciação. Portanto, esqueçam. Futuras pretendentes ou funcionários reprovam essas cantadas. Seja o que for! É mais fácil apanhar moscas com mel ou com pimenta?

Um reforço interessante são os elogios. Os verdadeiros. Reconhecer uma ação é excelente para multiplicá-la. Tanto que crianças elogiadas por serem organizadas tendem a continuar assim.

Ora, o que acontece quando dizem que seu cheiro é bom? Se você já amava borrifar o perfume atrás da orelha, agora irá caprichar. Tudo pelo simples fato de alguém ter percebido.

Entretanto, se você fica preso aos aplausos, corre o risco de estacionar sua vida. Quando gostam do seu trabalho, você pula e quase perde a cabeça no ventilador de teto. Cada vez que não aprovam, desanima e dá um passo para trás. Esquece de buscar todo seu ânimo e toda sua energia no lugar mais importante do planeta: dentro de você.

Se sua motivação se sustenta em fatores externos, tipo a aprovação dos outros, ficará a mercê deles. Veja nosso compadre Sansão.

No entanto, quando a força vem do coração, não importa o que aconteça, é inabalável. Também não interessa se esse projeto no qual acredita não faz a menor lógica para outras pessoas; você sabe o que está fazendo e no seu mundinho tem fundamento.

Às vezes a gente observa alguém reclamar da falta de oportunidade ou de sorte, da própria incapacidade... Mas é o medo a única razão para uma pessoa não ser bem-sucedida.

(Automotivação – Thaís Hyppolito)