segunda-feira, 5 de abril de 2010

Biogenética e Psicologia


Estão se abrindo cada vez mais novas portas para quem quiser seguir a carreira como psicólogo, novos desafios no campo da atuação do psicólogo estão surgindo continuamente na medida em que as grandes descobertas têm lugar nas áreas biomédicas. Pode-se constatar que, nos últimos anos, tem havido um enorme aumento na Genética Humana, principalmente pelo florescimento do Projeto Genoma Humano. São muitas as notícias sobre identificações de genes produtores de doenças, inclusive as de caráter degenerativo.
O genoma humano é o conjunto das informações contidas no
DNA das células humanas e que, em última análise, controla o funcionamento de todas as células, e controla o funcionamento de todo o corpo humano. Ele contém informações hereditárias, ou seja, na reprodução, material genético é transmitido de uma geração para a outra, e cada novo ser é formado por um novo genoma, resultado da combinação de uma parte do genoma materno com uma parte do genoma paterno.
O psicólogo então entra nesse ramo junto à medicina, é chamado para integrar-se nesses progressos, em especial no sentido de ajudar as pessoas a identificarem suas condições genéticas e utilizarem-se das intervenções preventivas e de reabilitações aplicáveis. Quando um grave quadro clínico é detectado como de natureza genética e com alta probabilidade de repetição, prevêem-se alterações emocionais não somente na pessoa afetada como no seu núcleo familiar. O psicólogo terá importante papel em tais circunstâncias no sentido de conduzir, o paciente e a família, a superarem as frustrações resultantes da síndrome.
As metas da revolução genética poderão ser plenamente atingidas quando a compreensão do risco referente permitir obter conhecimento das melhoras na saúde do ser humano. Da que há alguns anos a intervenção psicológica será fundamental para acompanhar tanto a família afetada a ter vias de superação, quanto o próprio membro afetado.
A psicologia vai entra nesse campo e provavelmente vai fazer muito sucesso. Á Psicologia e os profissionais desse campo são chamados a acompanhar esses progressos mediante conhecimento especializado para poderem interpretar os resultados da avaliação genética e suas implicações, assim como possuírem claro entendimento dos princípios e normas éticas relacionados com a privacidade pertinente. Devem também conhecer quando e como sugerir o aconselhamento genético aos pacientes, como explicar-lhes em que consiste e como ajudá-los a compreender as informações hereditárias que lhes são transmitidas e suas conseqüências.
Pode-se afirmar, portanto, que os psicólogos têm muito a oferecer nas suas funções destinadas à pesquisa, ao ensino, ao psicodiagnóstico e à psicoterapia em uma sociedade influenciada pela revolução genética. Eles irão utilizar suas capacidades e seus conhecimentos para ajudar as pessoas a identificarem e superarem os transtornos emocionais derivados dos riscos genéticos e para alcançarem vida saudável e produtiva. Para tal finalidade, é necessário que estejam atualizados no campo da genética e de seus avanços, assim como de seus desdobramentos, sobretudo dos riscos que podem ocasionar o aparecimento dos quadros clínicos de natureza hereditária.
Eu como estudante de psicologia, vejo o assunto de dois modos diferentes, vejo em um lado positivo e um negativo. O positivo é que de certa forma a psicologia vai estar ai lado a lado da medicina, o que é um ótimo passo para o crescimento do campo psicológico. E o lado negativo é
que deve e é muito difícil para qualquer pessoa que seja, sendo formado em psicologia ou não, viver e presenciar famílias com os portadores de certas deficiências, e o mais difícil, ter a responsabilidade de falar com a família e avisar da síndrome existente. Mas os psicólogos são capazes!

Autora: Juliana Correa

Autismo


Crianças com autismo apresentam dificuldades nas relações sociais, comunicação, motora, expressão facial, fala, e adotam alguns comportamentos estereotipados, como agitar e torcer as mãos, dificuldade no uso de comportamentos não-verbais. O que não significa que crianças que sofrem com esse transtorno, não sejam inteligentes, ela podem sem nenhuma dificuldade, efetuar cálculos matemáticos complexos, tocar piano, embora, não consigam se alimentar ou vestir sozinhos.
As causas biológicas exatas não são conhecidas, o cérebro apresenta formação normal, embora tenham observado mudanças bruscas em algumas áreas cerebrais, principalmente durante o desenvolvimento fetal e a primeira infância. Exposição de cérebro em desenvolvimento a toxinas do ambiente ou infecções, podem ser a causa dessas alterações. Essas alterações ocorrem no sistema límbico, envolvem atividades complexas como encontrar significado nas experiências perceptivas, no comportamento social, na emoção e na memória.
Espectro autista são as manifestações de autismo que diferenciam em grua de intensidade, possibilitando a existência de autistas mais sociáveis, intelectuais que outros. Muitos autistas não apresentam grandes diferenças se comparados a pessoas tidas como normais, possuem hábitos consolidados, reagem com dificuldade a situações que lhes desagradam, possuem manias e preferências.
Como ainda não se sabe a causa específica, e não é uma doença relacionada apenas com a mente, mas também com o organismo, afetando vários sistemas, não temos um tratamento padrão para pacientes com autismo, porem, que no tratamento, deve ser abordadas ambas as partes, psicológica e biológica, para um melhor resultado.
Alguns estudos que tentam estabelecer algumas predisposições para o autismo mostram que crianças autistas submetidas há 40 horas em camara hiperbárica com saturação de oxigênio de 20% tiveram melhora significativa em seu desempenho social e fala; os genes que predisporiam algumas pessoas a habilidades intelectuais elevadas seriam os mesmos que disparam coisas como autismo e
esquizofrenia e que a vitamina B6, tem se mostrado melhor que alguns medicamentos para melhorar sintomas como o comportamento atípico por exemplo.
Autora: Roseline Dantas

Distimia


Hoje, com a democratização da informação, o acesso a vários fármacos e a cultura da auto-medicação, cada vez mais, são encontrados “pacientes” com o seu respectivo diagnóstico, que eu chamaria de auto-diagnóstico.
Outro aspecto a considerar nesta nossa nova cultura é a eletização e valorização exagerada de certas patologias: hoje é “chique” ser depressivo e ter aversões(multidões, fenômenos naturais etc.).
Chama-me atenção, o outro lado da moeda, quando um distúrbio é confundido com o “velho modo de ser” ou simplesmente MAU HUMOR.Isto acontece quando se apresenta uma variação de depressão chamada Distimia, por muitos anos não considerada uma neuropatia.
Por seu difícil diagnostico preliminar, por haver poucos agentes químicos envolvidos, a Distimia merece uma atenção especial ,por seu fator sócio-cultural,( o portador é um agente negativo na sociedade) e hoje é tratada com antidepressivos e psicoterapia.
O seu aparecimento pode dar-se em qualquer idade, sendo na infância um fator de inquietação e choro recorrente com declínio da aprendizagem.
Mais uma vez, a ciência é confrontada com o cotidiano e como pesquisador resta-nos ficar atentos para o verdadeiro diagnostico : Mau Humor ou Distimia.
Como considerações vale lembrar: a origem do nome da neuropatia;o radical grego dys significa defeituoso,anormal ou irregular - thymia refere-se ao Timo, um órgão linfático situado na cavidade torácica que se acreditava ser responsável pelo humor;os sintomas quais sejam : baixa auto-estima,inquietação,desconforto, comportamento anti-social apesar de exercer suas atividades com aparente normalidade ; tratamento com anti-depressivos e psicoterapia.Quanto às causas se enumera o estresse, grandes perdas, traumas seguidos de imobilização, diabetes e fatores hereditários.

Referências
WWW.scielo.br
WWW.psicmed.com.br/distimia
WWW.abcdsaude.com.br
Caderno VIVA – Diário do Nordeste 28/02/2010


Autora: Lucione Leão

Biogenética e Psicologia



Relato neste texto aspectos importante da Biogenética Humana, da Biotecnologia, da Bioética, da Psicologia e a importância do conhecimento interdisciplinar. Intensificando o valor da união de conhecimentos, do agregar ciências, para que o resultado de diagnósticos e tratamentos possa ter mais possibilidades de assertividade.
A luz do conhecimento foi acesa, agora cabe a nós saber manipular ou manusear esta luz, que com certeza terá maior brilho e intensidade (resultado e soluções) se interligarmos todas as lamparinas (conhecimentos).
A intensidade com que tudo se modifica, se renova ou se é descoberto, lança novos desafios na área da Psicologia e da Biogenética. Nem tudo tem resposta em um só lugar, em uma só ciência. Afinal, o ser vivo é complexo, multifacetado e adaptável, como seriam possíveis definições ou conhecimentos unilaterais?

BASE DA PESQUISA
Está na ordem do dia falar em Biogenética, Biotecnologia e Bioética. Com uma freqüência incrível estas palavras estão na mídia, anunciando novas e sensacionais descobertas no campo da genética e da medicina em geral. Acontece que nem sempre são colocados os pressupostos para uma adequada compreensão e um adequado posicionamento diante do que está ocorrendo. Por isto mesmo o primeiro passo é tentar compreender melhor certas palavras chave, como é o caso da biotecnologia, da biogenética e da bioética.

Quando se fala de “bios”, sempre se está falando de “vida”. E quando se fala de “vida” sempre se pensa em “processo” e “movimento”. Devemos distinguir várias etapas tanto do conhecer, quanto na capacidade de interferir sobre aquilo que se conhece.
Em períodos mais primitivos isto acontecia mais através de mitos e ritos e hoje passou a acontecer através das ciências e das técnicas. Chegamos ao período atual, quando Biotecnologia e Biogenética conjugadas acumularam um acervo de saber e de poder nunca imaginados.

Como se percebe, a Biogenética aponta mais para os conhecimentos; a Biotecnologia, mais para a capacidade de interferência. O fato é que atuando juntas estão provocando a maior revolução da história da humanidade. Concretamente isto significa que até mais ou menos os inícios do século XX pouco se sabia sobre os “genes”, e, conseqüentemente pouco se sabia sobre Genética. Por isto mesmo, pouco se poderia interferir nestes mecanismos mais profundos da vida.

Para uma melhor compreensão do que está ocorrendo convém partir da observação do nosso próprio corpo: ele é constituído por tecidos e órgãos. Acontece que estes tecidos e órgãos são constituídos por 100 trilhões de células. Cada célula dispõe de um núcleo onde se encontram “ cromossomos”. Estes cromossomos ( 23 pares) carregam consigo “genes” (cerca de 20 mil na espécie humana), que, por sua vez, detêm as “informações” necessárias para a manutenção e reprodução da vida. Hoje não apenas se conhecem muitos segredos da vida, mas, justamente através de uma sofisticada tecnologia voltada para a vida, se é capaz de interferir profundamente sobre este material genético. É por isto que se fala em “ manipulação” genética. Enquanto no passado mais se observava, e mais se agia de “fora” para dentro, hoje se age de “dentro” para fora, e de uma maneira muito mais profunda.
Quando falamos de Biotecnologia e Biogenética, não podemos deixar de citar a Bioética: Uma ciência nova. Surgiu no contexto dos avanços da Biogenética e da Biotecnologia, com a preocupação de evitar a possível desumanização dos procedimentos oriundos dos laboratórios. Mais exatamente, a Bioética surgiu em 1970 com um livro do americano V. Potter, “Bioética: uma ponte para o futuro”, com a preocupação de mediar o diálogo entre ciências biomédicas e ética.

Aos poucos a Bioética foi ganhando espaço, numerosas publicações, congressos e seminários transformaram a Bioética numa força significativa seja em termos intelectuais, seja em termos de peso sobre as decisões face aos novos problemas levantados pela biotecnologia.

Hoje quem não entende de Bioética encontra-se um pouco à margem das grandes discussões sobre os mistérios da vida. Comissões de Bioética atuam em todas as frentes, o que não significa que sempre o façam do mesmo modo e com os mesmos pressupostos. De fato, não só há várias correntes de Bioética, como também em nome da Bioética se pode estar assumindo posições que não se incorporam nem com o Evangelho, nem com a dignidade humana. Mas, em linha de princípio, a força da Bioética se transformou numa esperança de que nem tudo está perdido. ” {2}
E a Psicologia, o que é? Onde e como atua?
“ A psicologia é a ciência que estuda o comportamento e os processos mentais dos indivíduos (psiquismo), tudo o que um organismo faz e as experiências subjetivas inferidas através do comportamento. O principal foco da psicologia se encontra no indivíduo, em geral humano, mas o estudo do comportamento animal(etologia) é utilizado também para fins de pesquisa e correlação, na área da psicologia comparada(quando o homem não pode ser estudado). Paralela à psicologia científica aqui tratada existe também uma psicologia do senso comum ou quotidiana, que é o sistema de convicções transmitido culturalmente que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam.
Dizer que a psicologia é uma ciência significa que ela é regida pelas mesmas leis do método científico as quais regem as outras ciências: ela busca um conhecimento objetivo, baseado em fatos empíricos. Pelo seu objeto de estudo a psicologia desempenha o papel de elo entre as ciências sociais, como a sociologia e a antropologia, as ciências naturais, como a biologia, e áreas científicas mais recentes como as ciências cognitivas e as ciências da saúde. ” {3}

CONCLUSÃO
Os desafios estão por toda parte e não poderia ser diferente no campo da psicologia.
Com o avanço do conhecimento sobre o processo e o movimento da vida, os psicólogos são chamados a interagir neste vasto ambiente de grandes descobertas. A explosão da biogenética (GENES) implica diretamente em aplicações práticas da medicina e da psicologia.
O psicólogo é convocado a se inteirar dos processos relacionados a biogenética e a biotecnologia, principalmente porque seu papel envolve ajudar as pessoas a entender sua condição genética assim como se utilizar de intervenções preventivas ou de reabilitação adequadamente.
A influência de um psicólogo é de fundamental importância para que se possa superar frustrações, dificuldades, medos ou inseguranças relacionados aos quadros clínicos.
As condições do paciente, seu estado emocional, suas prevenções e tratamento têm efeitos diretos em seus familiares, amigos e ou pessoas mais próximas. O psicólogo é chamado a acompanhar esses processos e terá que ter habilidades e conhecimentos especializados para poder interpretar os resultados da avaliação genética e suas implicações, somente possuindo um claro entendimento é que terá a real condição de intervir adequadamente.
A responsabilidade é grande e requer capacidade e conhecimento para ajudar as pessoas com estes casos a terem uma qualidade de vida melhor. È mais uma obrigação do novo tipo de psicólogo que surgi junto ao avanço da biogenética, a atualização deste profissional nos processos científicos torna-se necessária e inevitável.
Deixo claro que ninguém pode se furtar ao fascínio das extraordinárias descobertas no campo da biogenética, muito menos o psicólogo. Ao mesmo tempo digo que neste, como em outros campos, devemos sempre manter nossa curiosidade aguçada e nosso senso crítico apurado. É muito importante não só ler pausadamente ou estudar sobre o assunto mas confrontar as descobertas com outros dados de outras ciências. Em outras palavras: não vem ao caso desfazer das pesquisas e descobertas mais recentes no campo da biogenética, mas simplesmente lembrar que só se pode pensar em realização humana quando se têm presentes as múltiplas dimensões da vida pessoal e social., e este também é um outro papel do psicólogo.


Autora: Andrea Hadad

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Apalpando o impalpável


Eu quero uma foto da minha alma.

Eu quero um autógrafo de quem objetivar a ciência da subjetividade.

Eu quero uma representação gráfica neurológica minha de quando eu descobri que meu pai não era um herói, mas um crápula.

Chega de metáfora! Eu quero apalpar o impalpável.

Querido Freud, justifique-se!

Chame um neurocientista e desate os nós, a tua ciência é filha da dele.

Escute meus neurônios, Dr. Freud...

Vamos acabar com o mistério. Por que o cérebro pode ter segredos e o estômago não?

Por quê que a mente mente?

Cara Neurociência, controle sua filha, ela não justifica o que diz.

Esse texto foi baseado numa resenha do livro de Mark Solms: “O que é a neuro-psicanálise: a real e difícil articulação entre a neurociência e a psicanálise”.

O livro expõe as dificuldades do diálogo entre as duas ciências, questionando a compatibilidade epistemológica delas e seus métodos.

Solms atenta para a hierarquização estabelecida (a neurociência vindo justificar a psicanálise), tornando o problema ético e temendo um possível risco de reducionismo da psicanálise.

Autora: Erika Maracaba

Sobre o Genoma Humano


Para melhor compreender sobre o Genoma Humano, além de ler o artigo Projeto Genoma Humano e Ética (Mayana Zatz, 2000), fiz uma pesquisa na internet e nessa busca encontrei artigos assaz interessantes: só um exemplo, os cientistas constataram que o ambiente ao nosso redor tem um papel crucial no desenvolvimento das características da personalidade humana, caindo por terra a teoria que a personalidade humana estaria estritamente ligada ao genoma. Fiquei também a saber um pouco da história do genoma humano. Já no sec. XIX, cientistas começaram a se interessar pelos genes e hereditariedade humana mas só em meados do sec.XX é que se começa a investigar e pesquisar mais o genoma humano. Em 1953, James Watson e Francis Crick descobrem como é feita a molécula de ADN e dai para cá foi um sem parar de descobertas e descodificações de genes humanos.

O gene do câncer foi dos primeiros a ser investigado e também foi descoberto que o genoma humano contém menos genes que inicialmente previstos. Outro dado interessante é que com a descodificação do genoma humano, os cientistas vieram a descobrir que negros, brancos, asiáticos, são tão diferentes entre si como o são nas suas próprias etnias, acabando assim o racismo, “Essencialmente somos todos gémeos” (Craig Venter, geneticista-Celera). É pena que só a genética reconheça esse fato.
E outros muitos dados também importantes e interessantes. Em relação ao artigo, Projeto Genoma Humano e Ética posso dizer o seguinte. O avanço da ciência tem trazido muitas vantagens para o desenvolvimento da humanidade. A descoberta e consequentemente descodificação do ADN humano foi sem dúvida um dos maiores avanços da ciência moderna. Poder identificar doenças que até então não se sabia sua origem e porquê só determinadas pessoas as desenvolviam, veio facilitar e possibilitar o seu diagnóstico e seu tratamento. Veio salvar a vida de uns, melhorar a vida de outros. Uma pessoa que tenha histórico de família de determinada patologia, poderá assim saber se é ou não portador, quais as probabilidades de vir a sofrer mais tarde dessa mesma patologia, se ela é hereditária, optar ou não por ter descendência. Mas estaria ela psicologicamente preparada para lidar com tais fatos?

Como ficaria uma família que descobrisse que certa doença genética afecta mais que um membro da família e ela é hereditária e as futuras gerações correm o risco de desenvolver essa doença? Deixaria de se reproduzir ou deixava nas mãos de Deus? E será que se culpariam por ter feito tal escolha?
O saber que toda essa informação está disponível, o poder de escolher fazer ou não testes de ADN é muito bom para o futuro de muitas pessoas. Com o seu avanço, o Projeto Genoma Humano tem vindo a dar respostas a uma grande parte da população e dando-lhe ao mesmo tempo soluções. Por exemplo, um casal que pretenda ter filhos, sabe que há histórico de família de determinada doença genética, opta por fazer teste de ADN e verifica que a probabilidade é alta de o bebé nascer portador do gene causador da doença, pode recorrer á ajuda da ciência para que isso não aconteça. Mas será isso ético? Será que não estariam interferindo com a natureza? Mas por outro lado pergunto, seria ético deixar nascer uma criança com uma doença, vê-la sofrer e não só ela como toda a família, sabendo de ante mão que poderíamos evitar todo esse sofrimento? Se um determinado país decide ter um banco de dados de DNA da sua população, essa informação seria muito útil para identificar supostos culpados de crimes também salvar outro de crimes que lhe foram incutidos, mas principalmente usar essa mesma informação para beneficio da população em geral, visto que há doenças genéticas ou não que são mais características de certos grupos populacionais como câncer, alcoolismo, suicídio, transtornos de comportamento, etc. Mas por outra parte, não seria perigoso esse mesmo banco de dados, caso esse país ou comunidade tivesse um líder/es que usasse essa mesma informação para alimentar sua megalomania? Explico, certo líder governamental de um pais que possuísse um banco de dados de DNA da sua população usasse essa mesma informação para criar uma sociedade perfeita, sem doenças, indesejados, uma população toda geneticamente perfeita, facilmente manipulável. Raça perfeita. Não era esse o sonho de Adolf Hitler? E quantos Adolf Hitler podem surgir? Outro aspeto seria a privacidade e direito de escolha. Não estariam a ser violados se as companhias de saúde, seguros pudessem ter acesso a essa informação, nos impedindo ou negando seus serviços porque não lhes é conveniente ou pouco lucrativo? Todos temos direito a ter um trabalho/emprego, e se as empresas tivessem conhecimento de que determinado candidato tem probabilidades de vir a desenvolver uma doença degenerativa que o impossibilitasse de desempenhar suas funções, iria ela o contratar? Creio que não. O Homem desde que é Homem não parou de se desenvolver e evoluir, a descoberta do genoma humano é , creio, mais uma etapa da sua evolução.

Todo este conhecimento nos foi dado para o usarmos sabiamente e corretamente em prol na nossa evolução como raça. Para mim a ética está ai. Há os que acreditam que é anti-ético explorar e usar a informação do genoma humano para assim interferir com a natureza humana, porque esse campo pertence a Deus. Mas pergunto, se a Deus pertence o desígnio da nossa espécie e nós não podemos interferir então porquê Ele nos deu esta inteligência e capacidade de descobrir a nossa própria existência e seu funcionamento? Mas o debate se é ético ou não continuará, leis surgirão e a ciência continuará avançando, fazendo novas descobertas. Isso faz parte da Humanidade, é imparável.

Autora: Maria José Chaskelmann

Síndrome do Pânico



A Síndrome do Pânico é caracterizada por crises inesperadas de medo e desespero.A pessoa que tem síndrome do Pânico sente tremor,taquicardia,calafrios,dor no tórax,náusea,tontura,sudorese,tem a impressão de que vai desmaiar ou até morrer.Muitas vezes acham que podem estar com algum problema cardíaco,por sentirem o coração extremamente acelerado. Geralmente as pessoas que tem a Síndrome do Pânico não saem de casa,se isolam,deixam de ter convívio social naquele momento. A ansiedade é um sentimento normal,mas quando causa sofrimento,torna-se um problema patológico,como a síndrome do Pânico.

As causas psicológicas são stress,dificuldade em lidar com os problemas do dia a dia,dificuldade para lidar com perdas,problemas afetivos,financeiros ou de saúde.Pessoas muito preocupadas,que tem expectativas altas em relação a tudo,que tem dificuldade de aceitar mudanças,que reprimem sentimentos,que não conseguem relaxar,que assumem grandes responsabilidades,perfeccionistas e que exigem demais dos outros e de si mesmos,não aceitam erros ,nem imprevistos,pessoas assim tem uma probabilidade maior de vir a ter a Síndrome do Pânico.

O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores,que são os responsáveis pela comunicação que ocorre entre os neurônios.Essas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais do nosso organismo,como andar,pensar,memorizar.Um desequilíbrio na produção desses neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos errados.Isso é o que acontece quando ocorre a Síndrome do Pânico,existe uma informação errada que alerta e prepara o organismo para uma ameaça ou perigo,que na verdade não existe.Nesse caso a serotonina e noradrenalina estão em desequilíbrio.

Essas crises podem voltar a acontecer.

Pessoas com a Síndrome do Pânico não gostam de ir a lugares cheios,param de dirigir, evitam andar desacompanhadas, não conseguem dormir bem,fogem da vida social.Isso gera um impacto muito grande no dia a dia da pessoa,como qualquer outra doença. Algumas pessoas podem apresentar Agorofobia ou outros tipos de Fobias.Pessoas com esse problema geralmente estão vivendo um período de conflitos em suas vidas.Os ataques de Pânico podem ser inesperados e sem motivo.Podem ocorrer por alguma situação de conflito ou stress que a pessoa enfrenta.

No tratamento da Síndrome do Pânico,a medicação é indicada para aliviar o sofrimento causado pela Síndrome do Pânico, mas não modifica os fatores que causaram esse quadro. A especialidade médica responsável por este tipo de tratamento é a Psiquiatria. Geralmente se utiliza uma associação de ansiolíticos, algumas vezes antidepressivos e terapia.

Autora: Renata Ayres Goldstein

Sobre a Inteligência Emocional


A Inteligência Emocional, como descrita no próprio texto, é uma aptidão mental sim, mas acredito que dificilmente por ser classificável através de um teste devido ao seu cunho abstrato e subjetivo. É bem diferente de medir uma aptidão mais específica, como a de realização de cálculos matemáticos, ou mesmo de capacidade de memória…as emoções são imprevisíveis e pessoais, e a capacidade de manipulação das mesmas vai depender da intensidade e do contexto em se encontram, portanto a reação das pessoas que fizeram o teste vai depender de uma série de fatores que dificilmente serão associados em unidade, comprometendo, assim, a acuidade dos resultados.
Já no que diz respeito aos testes de QI, questiono também o seu alcance e as suas aplicações. Esta é uma questão um tanto antiga para mim, que venho observando em minha vida padrões de colegas que na escola tiveram índices de QI baixos, e hoje são mais bem sucedidos do que muitos “superdotados” por aí., e vice versa.
Vejo as instituições e seus profissionais, ligados ao desenvolvimento físico e intelectual da criança, em geral, ainda muito despreparados para lidarem com a complexidade que suas funções implicam. Respeitar e aproveitar as diferenças de cada um deveria ser enriquecedor para todos envolvidos, mas ao contrario, principalmente nas escolas – pois foi aonde pude perceber isso, que o contrário acaba acontecendo, e todos (as crianças) acabam sendo comprometidos por esta limitação. Se por um lado as crianças que sofrem o preconceito, acabam sendo atribuídas de incapacidades através do abalo de sua auto-estima, do outro, as consideradas “normais” que participaram desses processo, também acabariam prejudicadas ao serem privadas do convívio com a diferença e com a superação, de uma formação sem preconceitos.
Afinal qual é a forma de maior expressão da inteligência do homem? Seu QI ou seu IE?

Autora: Ana Paola Hamam Porro

Projeto Genoma Humano e Ética


Imagine um mundo em que seu código genético está disponível para consulta. Você tem uma doença dominante com início tardio. Coreia de Huntington (CH), por exemplo. Agora você tem vinte anos e está procurando emprego. Apesar de saber que daqui a duas ou três décadas você começará a desenvolver uma demência mental irreversível, ainda quer viver sua vida sem encarar essa realidade. Você gostaria de não saber que possui esse gene defeituoso, mas antes mesmo de nascer foi submetido a testes e sempre teve de conviver com a consciência desse futuro sem esperanças.

Seus dados genéticos deveriam ser sigilosos, porém o órgão público responsável para guardar essas informações foi corrompido. Tanto seguros de saúde quanto empresas podem consultar esse código para saber quais doenças você possui pré-disposição e a data prevista de sua morte. Por causa disso você não consegue um emprego com carteira assinada e nem um plano de saúde, não possui um DNA lucrativo.

Agora imagine que é viciado em drogas, homossexual, bem-humorado ou não, agressivo, preguiçoso ou muito inteligente. Imagine que tudo que faz parte da sua personalidade dizem ser pré-determinadas pela combinação dos seus genes. Como você se sentiria?

E a sociedade ao seu redor? As pessoas te julgam pelo seu código genético ou, exatamente por saber que não teve escolha, elas são compreensivas?

Esse futuro pode se tornar real, mas não possui apenas lados negativos. Se você pretende ter um filho, quer que ele seja saudável e se puder conhecer seu DNA isso não será difícil. No início da gestação pode vir a descobrir que seu filho terá uma grave doença e não chegará aos trinta anos. Interromper a gravidez talvez fosse a melhor opção. Em situações em que um casal possui um risco genético que só afeta crianças do sexo masculino, não seria ideal para eles a opção de escolher o sexo do bebê?

Inúmeras perguntas podem ser feitas e casos imaginados a partir da discussão do Projeto Genoma Humano. Talvez não estejamos preparados para lidar com os aspectos negativos advindos do total conhecimento genético de uma pessoa e a criação de um banco populacional de DNA público.

Quanto à psicologia, que papel ela teria em uma sociedade onde doenças hoje consideradas de cunho emocional, subjetivo, serão vistas como meros “acasos” da genética? Que novas formas de interação entre as pessoas surgirão se novos estereótipos forem criados a partir da genética de cada um? Que novas cobranças sociais poderão ser formuladas através do nosso código genético? Essas perguntas não possuem respostas, mas não devemos deixar de fazê-las. Antes de tornar esse projeto acessível ou tirar amostras de DNA de todos os recém-nascidos, como se quis fazer em São Paulo, é preciso um controle, um órgão regulador, uma avaliação por parte da sociedade. Nós queremos isso? Nós estamos prontos?

Autora: Mayara Swuyanny Angelim de Carvalho

Rejeição


Com base a todos os tipos de transtornos, problemas emocionais, afetivos, depressivos, neuroses, psicoses enfim tudo que acarretam uma insatisfação no individuo, entende-se que tudo tem uma questão de ser e por que... Como para tudo na vida sempre estamos em buscas de respostas para qualquer que seja a situação resolvi pesquisar um pouco de cada transtorno.

Obviamente não ressaltando a todos os assuntos resolvi estudar o sujeito desde o seu princípio, envolvendo o seu princípio através de seus pais. Apesar das pesquisas terem me mostrado muitas ressalvas o mais comum que encontrei entre elas foi a REJEIÇÃO.

No entanto a que mais me chamou a atenção foi a rejeição materna, pois presume-se que as demais são ocasionalidades da vida, porém a materna que na maioria dos casos ocorre antes mesmo do nascimento do filho através de abortos onde essas colocam suas próprias vidas em risco. Mas quando de fato isso não ocorre vemos casos bárbaros e revoltantes que entram inclusive a religiosidade, onde a pergunta que não quer calar é; Onde está Deus nesse momento que não protege essa criança inocente que nem ao menos pedido pra nascer.

Casos comuns de mães que abandonam seus filhos ainda vivos e os deixam sozinhos esperando pela morte, tornou-se basicamente uma coisa comum, comum relacionado a quantidade de casos, porque na realidade a sociedade se revolta e de fato nunca vai deixar de se revoltar.

Dentre muitos casos vou citar um que aconteceu recentemente. Em Floriano no Piauí em 2009, umas equipes de garis encontraram um bebê de nove meses jogado no lixo, Os garis perceberam que a criança estava no meio do entulho quando iam prensar o lixo do caminhão. O corpo estava dentro de uma sacola e só foi encontrado por que a sacola rasgou e os garis viram o pé da criança.

Esta é a cena que causa revolta em qualquer sujeito na realidade, acho que se difere a uma variação de raiva e tristeza.

O QUE LEVA UMA MÃE ABANDONAR SEU FILHO?

De acordo que de alguma forma foi permitido o abandono de crianças, desde os tempos imemoriais Variaram, apenas, as motivações, as circunstâncias, as causas, as freqüências e as atitudes em face do fato praticado e aceito.

Não esquecendo o contexto de pobreza no Brasil que se encontra a maioria dos casos de abandono de crianças: o abandono tanto pela a negligência quanto o abandono nas ruas, lixos e maternidades. Este fenômeno está fortemente associado à proibição legal do aborto, à miséria, à falta de esclarecimento à população e à falta de amparo familiar. A maioria dos abandonos se dá por mães jovens, solteiras, com dificuldades financeiras, sem apoio do parceiro e da família. São, em sua maioria, mães excluídas, que abandonam porque foram abandonadas.

A rejeição maternal, quando causada pela depressão pós-parto, cientificamente chamada de psicose puerperal se apresenta em níveis diferentes de intensidade e tempo, podendo variar de um simples desânimo ou ansiedade, excesso de sono ou insônia, falta de desejo sexual, medos, sensação de estar falhando como mãe, desconcentração, e sentimentos ambivalentes em relação ao bebê, como se não conseguisse gostar dele. Em alguns casos, a mãe pode agredi-lo ou ainda atentar contra a sua vida. Para alguns médicos a teoria mais aceitas é a alteração hormonal ao nível dos hormônios que sustentam a amamentação: a progesterona, prolactina e ocitocina. Essas substâncias agem no cérebro da mulher, modificando a relação dos neurotransmissores serotonina, adrenalina, dopamina e noradrenalina, causando a depressão. O especialista alertou para o fato de uma doença orgânica, que depende do metabolismo individual.

O tratamento desta síndrome é à base de antidepressivos, explicou o médico, desmistificando o fato de que só mulheres com problemas familiares, casamentos desestruturados ou outros traumas é que podem sofrer desta doença. “A depressão após o parto não tem necessariamente relação com traumas da mãe”, explicou. No entanto, se ela já sofre de depressão, se teve uma gravidez difícil, certamente será mais propensa a apresentar um quadro depressivo. A depressão é um caso patológico, gerado pela expectativa do nascimento do bebê. “São muitas mudanças na vida da mulher, ela pode reconhecer na criança um motivo para sua privação, e surge a tendência de rejeitá-la”. O que acontece uma luta interna, pois ao mesmo tempo em que a mulher quer a criança porque a ama reconhece nela a culpada por tantas mudanças em sua vida. “Pode acontecer com qualquer pessoa, mesmo aquelas que têm sua vida estruturada, um casamento equilibrado e que planejou ser mãe.

Estudos de Comportamento.

Uma experiência realizada com macacos fiquei com dó dos bichinhos, era assim os macaquinhos foram divididos em dois grupos de estudos, uns formam criados em uma jaula onde no centro existia um tubo forrado com carpete, e ali eram colocadas as mamadeiras para eles se alimentarem, os macaquinhos se alimentavam, bebiam o leite e depois ficavam aconchegados, agarrados ao carpete macio, como se estivessem aconchegados, agarrados às suas próprias mães.

Os outros grupos de macaquinhos foram criados em jaulas onde no centro havia um tubo cheio de espetos, pontas que machucavam, feriam, agrediam os macaquinhos se estes se encostasse a elas. Acontece que a mamadeira ficava neste tubo cheio de espetos, e para se alimentarem os macaquinhos tinham que ir até lá e então eram machucados e feridos pelos espetos. Após beberem o leite estes macaquinhos iam para um canto da jaula e lá ficavam.

Os macaquinhos que foram criados na jaula com a mãe de carpete, cresceram seguros de si, não tinham medo de explorar lugares desconhecidos, exploravam o local para conhecê-lo,quando colocado junto de outros macacos tinham uma boa interação com eles, brincavam, pulavam, saltavam, quando estavam sós e também quando estavam em companhia de outros macacos.

Os macaquinhos que foram criados na jaula com a mãe de arame, cresceram inseguros, medrosos, assustados, quando colocados em um lugar desconhecido tinha reação de medo, ficam em um canto assustados, não buscavam explorar e conhecer o lugar, não interagiam com outros macacos, ficavam sempre em atitude de esquiva, ou em atitude de defesa, às vezes assustados, muitos quietos, às vezes agressivos, não participavam das brincadeiras com outros macacos, não se movimentavam (brincar, pular, saltar) muito, seja quando estavam sós ou quando estavam em companhia de outros macacos, permaneciam a maior parte do tempo encolhidos em algum canto do ambiente.

Autora: Maurilia Gurgel